terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Putas de Hollywood !!!
Quando eu era uma adolescente e morava em Portland, Oregon, minha mãe ia visitar bandas, amigos e homens em Los Angeles, e muitas vezes eu ia junto. Vivíamos aventuras com pessoas que hoje eu sei que eram acompanhantes de luxo e namoradas de estrelas do rock em vários bares e hotéis de luxo. Às vezes eu tirava fotos, mas na maior parte do tempo eu só curtia junto. Minha mãe me garantiu uma identidade falsa pra que eu pudesse participar do grupo e entrar em shows. Desde cedo eu era fascinada por LA. Depois que fiz 18 anos, minha mãe me apresentou a sua amiga Rose, e desenvolvemos uma amizade baseada em drogas. A Rose teve que deixar Portland quando o FBI grampeou seu namorado com acusações de fraude. Ela sabia que os federais logo viriam atrás de seus bens, uma vez que eles tinham sido adquiridos por meio das atividades ilegais dele. Então, meu meio-irmão, Rose e eu fomos até a Califórnia num caminhão de mudanças alugado cheio de coisas dela. Depois, meu irmão voltou pro norte e eu fiquei com Rose. Em 2003, eu tinha virado dançarina em clubes de strip-tease, e Rose, que vivia do dinheiro que ela ganhou com a venda de dois Porsches que o seu namorado tinha comprado pra ela, estava ficando sem grana. Quando o FBI apareceu pra apreender as coisas dela, ela começou a fazer conexões na indústria pornô. Um dia, ela me perguntou se eu queria acompanhá-la a um set pornô pra pegar um cheque que deviam pra ela. Eu tinha noções preconcebidas a respeito de pornografia, e tinha certeza de que nós estávamos indo a um motel clandestino imundo pra encontrar alguns caras pique Lester Diamond. Mas, na realidade, o nosso destino foi uma grande mansão em Malibu, onde todos costumavam filmar naquela época. A casa estava fervendo com atividades e clima bem liberal, que eu imagino ser semelhante ao sentimento que você tem numa colônia nudista. A Rose desapareceu quase imediatamente, e eu assisti a uma cena de sexo sendo filmada. O que vi foi uma linda garota chamada Emily DaVinci montando um modelete na escada. Ela me viu e disse: "Se você vai me ver foder, você tem que tirar a camisa". Então eu fiz isso. Imaginei que era uma prática corrente pra uma visitante ficar nua naquele tipo de ambiente, mas na verdade ela só queria ver meus peitos. O diretor viu o que estava acontecendo e veio falar comigo. Em retrospectiva, agora que sou uma diretora pornô, eu teria feito a mesma coisa. Carne fresca de topless andando num set é um alvo fácil. Ele perguntou se eu estaria interessada em fazer uma cena. Eu disse que sim. Este foi o início da minha vida como ela é agora. Uma vida na qual eu nunca ganhei muito dinheiro nem tive muita liberdade. Hollywood tornou-se o meu lar desde então. Eu sinto que sempre pertenci a esta cidade. E acho que um monte de gente que mora aqui sente o mesmo.
Andy Sam Dimas, 25
Tendo crescido na zona rural de Maryland, eu só conhecia LA pela TV, mas nunca cheguei a visitar, porque minha família não tinha dinheiro pra viajar. Meus pais também eram super religiosos, então eu realmente não conseguia fazer muita coisa. Eu vi o que aconteceu com as pessoas que ficaram na minha cidade — casados e com três filhos aos 25 — e eu não queria isso pra mim. Eu queria uma vida emocionante e até mesmo estranha, longe da minha cidade pequena. Quando fiz 18 anos, comecei a trabalhar numa loja pornô e me deparei com um anúncio de uma marca de alt-porn no qual as meninas se pareciam comigo. Mandei a primeira foto nua que eu já tinha tirado na vida pro meu diretor favorito, depois me mudei pra Los Angeles e minha vida não têm sido a mesma desde então.
Charlotte Stokely, 25
Eu me mudei pra Los Angeles há sete anos, sem nunca ter trabalhado na indústria de entretenimento adulto e nem ter vindo até a cidade. A vida era muito louca quando cheguei: festas pornô, ficar com strippers e ficar de bobeira ao redor da loja Hustler depois que meus filmes saíam pra ver se algum dos clientes me reconhecia. Não muito tempo depois de entrar na indústria, fui nomeada pro prêmio de melhor nova atriz da AVN. Foi muito legal. Alguns anos mais tarde encontrei uma carreira na moda trabalhando pra American Apparel. Meus anúncios são vistos em todo o mundo, incluindo alguns outdoors ao redor da cidade.
Skin Diamond, 25
Minhas primeiras memórias de LA são de quando eu tinha 19 anos e viajei da Escócia pra cá. Durante minha visita, eu modelei pra um site de alt-porn softcore, e ao longo dos próximos anos eu fiz meu nome como uma modelo de alt-fetiche no Reino Unido e na Europa. Planejando me mudar pra Londres, tomei uma decisão muito espontânea de voltar pra LA pra uma rápida visita. Eu pretendia ficar aqui por dez dias, mas tivemos um acidente bobo que resultou em queimaduras nas minhas costas. Em recuperação e com uma conta gorda do hospital pra pagar, saquei que podia muito bem ficar em Los Angeles mais algum tempo pra ver o que iria acontecer. Passei por muitas experiências que mudaram a minha vida, e num dado momento meu mundo se transformou numa névoa de violência, bebida e drogas. Eu trabalhava como stripper e não tinha dinheiro ou bens, só um colchão no chão e um sofá surrado. As coisas melhoraram quando eu encontrei o pornô. Agora guardo grana, viajo pelo mundo e me divirto fazendo isso!
Ulorin Vex, 24
Eu cresci num conjunto habitacional no nordeste da Inglaterra, com uma família que eu amava, mas com quem tinha muito pouco em comum. Eu tinha medo de ficar presa naquela cidade pra sempre e queria mais do que aquilo. Aos 18 anos, saí de casa pra estudar biologia, a primeira pessoa da minha família a frequentar a universidade. A faculdade acabou sendo um choque cultural pra uma menina da classe operária que havia crescido num lar muito superprotetor, mas foi nessa época que eu comecei a pensar sobre modelar. Visitei LA várias vezes e agora estou vivendo aqui permanentemente, cercada por tantas pessoas que pensam como eu, coisa que jamais imaginei ser possível. Parece que tem alguma coisa nesse lugar que atrai certos tipos de pessoas.
Fonte Vice
By: Kimberly Kane
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